Chegou sexta! E hoje falta uma semana pro resto da família chegar e começar as férias. Aliás tudo aqui esta em clima de férias já. Minhas aulas de alemão acabaram (não eu AINDA, não falo alemão, AINDA!), o sol resolveu aparecer com força, chegou a 30 graus aqui mas a sensação térmica certamente é mais alta, porque eu quase derreti. Verão é muito legal aqui tudo parece acontecer, além das paisagens estarem lindas, as ruas ficam cheias, escurece super tarde, os bares e cafés ficam charmosos com mesas e sofás do lado de fora, e tem tb a “praia suíça” que pode ser algo a beira de um dos tantos lagos e rios que tem no país ou algum clube público cheio de piscinas, bares, jogos (...) que por menos de 10 reais você pode entrar e passar o dia. É tempo de churrasco nos jardins e parques e tempo de ver os suíços com o pior dos seus guarda roupas, porque como eles não estão acostumados com calor eles, simplesmente, não sabem o que vestir quando ele acontece.
Uma das coisas, entre tantas, legais que se pode fazer aqui a minha preferida é viajar. Viajar aqui pode ser de várias maneiras, mas o mais legal mesmo é você pegar levar uma mochila, entrar num trem e se arriscar em alguma cidade. Você pode levar bicicleta tb, elas entram nos trens ou tb ou você pode deixá-la na estação pra pegar na volta ou ainda há a opção de vc fazer a viagem de bicicleta, não faltam caminhos, só precisa ter fôlego!
É realmente incrível, não tem como você se perder, os postos turísticos funcionam, voce pode pegar mapas, indicações, fazer mini excursões, ou mesmo alugar uma bicicleta ou patinete pra conhecer uma cidade. Foi assim com mochila nas costas (porem sem patinete ou bicicleta) que fui conhecer Bern, a capital da Suíça. É uma cidade linda e atualmente minha favorita. O rio corta a cidade em U então ela é cheia de pontes e é super antiga repleta de prédios históricos, casas soberbas, embaixadas de diversos países,museus, super lojas... Mas, sem perder em nenhum momento, seu charme romântico. O pessoal de Bern é conhecido como o baiano suíço porque eles são super calmos, tranqüilos, amistosos... Ainda soube que a Clarice Lispector morou em Bern um bom tempo, é simplesmente apaixonante a cidade.
Desde o navio adquiri o hábito de me aventurar sozinho nas cidades, pra quem acha ir ao cinema sozinho difícil, que tal viajar? Bom eu adoro. Só vou a lugares que quero, só paro quando tenho vontade, como onde for e ainda fico realmente aberto a possibilidade de conhecer pessoas, de perguntar e de me envolver pelo lugar. Foi assim que conheci Atenas, foi quase assim q me apaixonei por Buenos Aires, e foi assim que declarei Bern minha cidade favorita até agora. Andei simplesmente cerca de oito horas na cidade e voltei pra casa feliz.
A Suíça tem me proporcionado muitos momentos bons e muitas viagens. Aliás, desde de o navio que eu ando explorando isso. Mas, a maior viagem que eu embarquei desde então foi uma viagem interno-pessoal e espiritual. Meus olhos vêem tudo muito diferente agora, minha essência é a mesma, o menino bobo cheio de piadas que saiu daí, mas um outro eu surgiu também e eu gosto bastante dele.
Aqui na Suíça tb passei a freqüentar uma igreja com minha irmã. É uma igreja cristã alternativa que se chama Church Alive. Ainda vou tirar algumas fotos pra postar pra vcs. Eu fui criado católico, mas depois de algum tempo resolvi que não concordava com quase nada q eu via lá. As vezes ia a igreja num dia difícil pra ver se eu ouvia alguma palavra que me animasse mas eu só conseguia me irritar mais. Quando eu saí do navio eu estava meio avariado, preocupado demais com o que viria pela frente, com o futuro, me sentindo um tanto só.
Minha vida na Suíça me ajudou em todos estes aspectos e eu realmente não acredito em por acaso. Talvez eu não seja o melhor dos cristãos (se é que existe uma escala), talvez eu não acredite em muita coisa, ou apenas não as entenda, mas o que eu entendi até agora foi suficiente pra me transformar. Eu aprendi que a fé e a crença existem pra te libertar e não te prender. Jesus me conhece muito bem, sabe das minhas falhas, dos meus erros, dos meus acertos, conhece minha essência e me aceita como eu sou, como seu filho. E é incrível saber que existe um amor assim, um amor maior ainda que o amor de uma mãe por seu filho. Pra alguns tudo isso pode parecer palavras a esmo, ou palavras de um crente, para outros até uma fuga ignorante, mas eu posso afirmar que isso é tudo menos uma fuga. É um encontro, com você mesmo, com algo maior que você, com um sentimento que te completa e que não permite que você fique sozinho.
Sendo assim hoje eu entendo bem a diferença entre orar e rezar, entendo que eu posso ser eu mesmo, que ter fé não significa ser religioso, que eu não estou só e que basta acreditar.
Você acredita?
Bom, semana que vem eu conto como foi a festa da chegada do pessoal e tudo mais que ocorreu. Aliás, nosso roteiro de férias inclui: San Remo, Cannes, Monte Carlo, Nice... Acho que vai ser bom =D estou empolgado.
Wiedersehen,
Bruno.
Uma das coisas, entre tantas, legais que se pode fazer aqui a minha preferida é viajar. Viajar aqui pode ser de várias maneiras, mas o mais legal mesmo é você pegar levar uma mochila, entrar num trem e se arriscar em alguma cidade. Você pode levar bicicleta tb, elas entram nos trens ou tb ou você pode deixá-la na estação pra pegar na volta ou ainda há a opção de vc fazer a viagem de bicicleta, não faltam caminhos, só precisa ter fôlego!
É realmente incrível, não tem como você se perder, os postos turísticos funcionam, voce pode pegar mapas, indicações, fazer mini excursões, ou mesmo alugar uma bicicleta ou patinete pra conhecer uma cidade. Foi assim com mochila nas costas (porem sem patinete ou bicicleta) que fui conhecer Bern, a capital da Suíça. É uma cidade linda e atualmente minha favorita. O rio corta a cidade em U então ela é cheia de pontes e é super antiga repleta de prédios históricos, casas soberbas, embaixadas de diversos países,museus, super lojas... Mas, sem perder em nenhum momento, seu charme romântico. O pessoal de Bern é conhecido como o baiano suíço porque eles são super calmos, tranqüilos, amistosos... Ainda soube que a Clarice Lispector morou em Bern um bom tempo, é simplesmente apaixonante a cidade.
Desde o navio adquiri o hábito de me aventurar sozinho nas cidades, pra quem acha ir ao cinema sozinho difícil, que tal viajar? Bom eu adoro. Só vou a lugares que quero, só paro quando tenho vontade, como onde for e ainda fico realmente aberto a possibilidade de conhecer pessoas, de perguntar e de me envolver pelo lugar. Foi assim que conheci Atenas, foi quase assim q me apaixonei por Buenos Aires, e foi assim que declarei Bern minha cidade favorita até agora. Andei simplesmente cerca de oito horas na cidade e voltei pra casa feliz.
A Suíça tem me proporcionado muitos momentos bons e muitas viagens. Aliás, desde de o navio que eu ando explorando isso. Mas, a maior viagem que eu embarquei desde então foi uma viagem interno-pessoal e espiritual. Meus olhos vêem tudo muito diferente agora, minha essência é a mesma, o menino bobo cheio de piadas que saiu daí, mas um outro eu surgiu também e eu gosto bastante dele.
Aqui na Suíça tb passei a freqüentar uma igreja com minha irmã. É uma igreja cristã alternativa que se chama Church Alive. Ainda vou tirar algumas fotos pra postar pra vcs. Eu fui criado católico, mas depois de algum tempo resolvi que não concordava com quase nada q eu via lá. As vezes ia a igreja num dia difícil pra ver se eu ouvia alguma palavra que me animasse mas eu só conseguia me irritar mais. Quando eu saí do navio eu estava meio avariado, preocupado demais com o que viria pela frente, com o futuro, me sentindo um tanto só.
Minha vida na Suíça me ajudou em todos estes aspectos e eu realmente não acredito em por acaso. Talvez eu não seja o melhor dos cristãos (se é que existe uma escala), talvez eu não acredite em muita coisa, ou apenas não as entenda, mas o que eu entendi até agora foi suficiente pra me transformar. Eu aprendi que a fé e a crença existem pra te libertar e não te prender. Jesus me conhece muito bem, sabe das minhas falhas, dos meus erros, dos meus acertos, conhece minha essência e me aceita como eu sou, como seu filho. E é incrível saber que existe um amor assim, um amor maior ainda que o amor de uma mãe por seu filho. Pra alguns tudo isso pode parecer palavras a esmo, ou palavras de um crente, para outros até uma fuga ignorante, mas eu posso afirmar que isso é tudo menos uma fuga. É um encontro, com você mesmo, com algo maior que você, com um sentimento que te completa e que não permite que você fique sozinho.
Sendo assim hoje eu entendo bem a diferença entre orar e rezar, entendo que eu posso ser eu mesmo, que ter fé não significa ser religioso, que eu não estou só e que basta acreditar.
Você acredita?
Bom, semana que vem eu conto como foi a festa da chegada do pessoal e tudo mais que ocorreu. Aliás, nosso roteiro de férias inclui: San Remo, Cannes, Monte Carlo, Nice... Acho que vai ser bom =D estou empolgado.
Wiedersehen,
Bruno.
Foto: Visual novo há uma semana e uma vista da cidade mais perto.