quarta-feira, 30 de julho de 2008

A Volta










Eu queria que tivesse sido possível manter os posts regularmente durante minhas férias familiares, porque valeria a pena descrever com riqueza cada detalhe, cada paisagem, cada passeio, cada fenômeno da natureza ou mesmo as inúmeras piadas feitas. Mas, não foi possível e hoje, apesar de ainda muito vivas as mémorias são simultaneamentes distantes.
Nosso roteiro incluiu no primeiro dia uma parada na própria Suiça, porém na parte italiana que eu conhecia apenas de passagem. Na ida ainda tivemos o prazer de ver um pouco de neve, mesmo com 30 graus do verão. O lugar, aliás, tem gosto de verão, lotado de calçadões e pessoas bonitas e carrinhos de sorvetes… É lindo e peculiar como só a Suiça. Ficamos perto da cidade de Locarno (google earth galera!) num hotel maravilhosamente simples, porém de alma chic, onde tivemos um jantar inesquecível.
No dia seguinte seguimos para Genova e San Remo onde dormimos e onde eu gastei meu, ainda precário, italiano tentando achar a localização do nosso hotel. O que eu posso dizer de San Remo é que nos remete a uma era antiga de glamour. Na sequência no outro dia visitamos Monaco. Monte Carlo é linda (ponto).(¡) Faltariam cliches para anunciar a beleza dos lugares que passamos, até mesmo este não faz jus.
Monte Carlo proporcinou até o momento fórmula 1. É possível fazer o circuito numa ferrari linda por alguns euros. Eu não fiz, mas meu irmão fez e adorou. Passamos até no túnel famoso que figura em qualquer jogo de video game que se preze. Alías, video game é o que descreve o trânsito na Itália que passamos antes. Os carros nas ruas estreitas vem na sua direção como obstáculos absurdos te obrigando a desviar para algum lugar inexistente.
Depois de Monaco chegamos no acampamento (França) que mereceria posts e posts a parte para que eu pudesse descrever. Mas, tentem imaginar um mundo de traillers, barracas, chalés, com ruas de areia. Era como uma mini cidade com seu mini centro (na verdade só o centro era mini todo o resto era macro), gente de toda a europa e enfim chegamos a conclusão de que loiro (assim como japonês dentro de um caminhão descendo a ladeira) são todos parecidos (dizer igual é demais, eu acho agressivo até). Também concluí que as pessoas da holanda são lindas hahaha,e que ir a praia na Europa é um exercício de desapego e relaxamento. As pessoas são farofeiras (pizza na praia com sol de mais de 30 graus) e vestem o que estão afim, quando vestem alguma coisa (topless é mais que comum) e ninguém liga pra ninguém. O negócio é torrar no sol. Eu como não sou o brasileiro mais típico ficava na minha sombra mesmo, lendo e no sol só me arriscava a secar da água do mar que parecia negativa de tão gelada.
No camping fazíamos churrascos frequentemente e nada frequentemente! Aproveitei para ler, andar, ouvir música e comer(agora estou de dieta)… Também fizemos não menos incríveis passeios a outros lugares tais como:
Saint Tropez: Lindo e aconchegante, lembra as pequenas cidades do nordeste, mas com todas aquelas esturturas antigas e lotada de iates.
Nice: Lindaaaaaa. De verdade nos remete a Santos um pouco, mas é maior e mais cosmopolita e enfim européia, antiga, repleta de praças… A água do mar é impressionante azul (afinal estamos na Costa Azul – Cote D´azur).
Cannes: Emocionante!!! Além de linda(já usei essa palavra demais?), o clima, talvez criado pelas nossas próprias cabeças é de celebridade. Andar no Tapete vermelho do anfiteatro que ocorre o festival é o máximo, almoçar numa viela daquelas, mesmo que a comida não te surpreenda é mais que válido, e por fim as vitrines das grifes enchem os olhos e por algum tempo você é parte de todo aquele mundo de fantasia.
Foi muito muito bom. É claro que nosso grupo era grandinho e rola uns desencontros, umas demoras, ainda mais para mim que estava acostumado a me aventurar sozinho por aí, para tentar conhecer o máximo que eu pudesse. Isso as vezes me frustrava. Assim como também o convívio intenso com a família - que é meio raro -, é muito bom, mas também atravessa umas barreiras que eu nem posso dizer que é ruim, mas talvez um pouco desnecessárias. É então, que as longamente esperadas férias chegam ao fim, obviamente mais rápidas do que a espera propriamente.
Lembro que na última noite do camping fomos jantar na vila de Port Grimaud (cidade onde estávamos) e depois ao voltarmos para área do camping tocava umas das inúmeras bandas que de lá e eu resolvi ficar para assitir até o final enquanto todo mundo foi deitar porque a viagem no outro dia era cedo (a volta). O show acabou logo e eu andei pelo camping olhando a praia e aquele tanto de casas e barracas e todas as peculiaridades de lá me despedindo com aquela sensação que muito provavelmente era a última vez q eu estaria ali.
Não foi triste esse momento, mas intenso dentro de mim mesmo. Então eu percebi que para mim não se tratava apenas da volta do camping para casa, mas da VOLTA. É hora de voltar para algum lugar que possa ser meu e começar algo novo e isso é iminente. Depois eu percebi que era assim pro meu irmão também que após três dias voltou para o Brasil para começar uma nova vida. Em silêncio eu compreendia o sentimento dele de outra forma, é claro, mas compreendia.
Agora estou em contagem regressiva, cada mês que eu passo aqui a partir de agora é um bonus para mim e me leva mais próximo do Brasil e dos novos caminhos que vão surgir. E não há tristeza não, mas sim expectativas e uma pressa para que tudo aconteça logo.
A última parada da nossa viagem antes de chegar em casa foi uma cidade da Suiça chamada Belinzona, na parte italiana. A cidade é toda cercada por castelos, é simplesmete linda. Mais uma vez a Suiça é o auge de tudo e foi muito bem dita a frase do amigo do meu irmão: “Existe o Pelé e os outros jogadores; Existe a Suiça e os outros países.”
E é isso mesmo!

Fico por aqui, com saudade.

Até muito breve,

Bruno.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Férias?




A família chegou e com ela os excessos! Execesso de alegria, excesso de risada, excesso de piada, excesso de comida, excesso de conversa, de barulho, de bagunça, de mala…
Confesso que a minha empolgação com a chegada de todos estava proporcional ao meu questionamento de “como será?”. Porque (¿?) voces podem perguntar, e a resposta é até simples, depois de 7 meses quase sozinho, seguindo suas regras e as do mundo, reunião de família pode parecer um pouco assustador.
Bem, não foi, não está sendo e acredito que não será. Está realmente divertido e todos os excessos até então são bem vindos uma vez que o a Suiça não é um lugar de excessos. Entretanto há o excesso de cansaço. Acho que eu estava de férias antes, hehe, agora bem começou um pouco de trabalho, o trabalho das férias!
Hoje é a véspera da viagem, e é trabalhoso organizar mala, comida e nove pessoas, pois estamos em nove. Entre crianças e adultos tudo acaba sendo trabalho e daí vem a pregunta: são férias?
Lembrei daquela sensação que muita gente tem quando tira férias de trabalho: Quando as férias acabam precisamos de férias para nos recuperar delas mesmas. Mas, enfim como eu não trabalho isso pode parecer uma reclamação, mas não é, estou tentando apenas ilustrar o fato de que aqui na Suiça tudo é tão calmo e organizado e de repente chegam as férias subvertendo tudo isso e literalmente quebrando a rotina.
Bom eu estou esperando a guerra de roupas acabar no meu quarto para eu começar a arrumar minha mala. Não sei se comentei, mas ficaremos num camping e num trailler. Eu nunca acampei e muito menos fiquei num trailler logo tudo é novidade, ainda mais na riviera francesa.
Com a chegada de todo mundo e o fluxo das conversas, ainda consegui tempo para pensar comigo mesmo , mesmo nunca mais tendo andado de bicicleta no rio (como eu adoro pedalar por lá e esquecer de tudo e lembrar de tudo ao mesmo tempo). Pensei em várias coisas e percebi o quanto eu gosto daqui (acho que voces já devem ter cansado de ler isso) por mim eu realmente ficaria na Suiça e se pudesse traria todos que me são queridos, mas tanto ficar aqui quanto trazer meu todos que me são queridos ainda são sonhos que precisam ser regados e cultivados.
Foi então que eu pela primeira vez que eu senti o vento soprar em direção ao Brasil. Como eu nunca senti antes, percebi que está chegando rápido o momento (e está a hora) de voltar ao Brasil. Medo? Sim, mas dos detalhes, dos tantos detalhes que são necessários pensar ao voltar para o Brasil. E os inúmeros detalhes que tenho que pensar para ficar no Brasil (se for o caso). Mas, esse medo não sufoca minha vontade, nem meus sonhos. É apenas um item desafiador, como foi entrar no navio e como foi sair dele e como foi tantas vezes em tantos momentos que valeu tanto seguir em frente e viver. E então eu percebi que é só viver tudo isso mesmo da melhor forma e agradecer por eu ter opções, por eu estar aqui e por em breve estar ai para enfim poder enxergar aonde eu vou estar. (Amém)
Não sei como ficará a atualização daqui para o final das férias, mas assim que der passo por aqui.

A todos boas férias ou o que quer q vocês farão nesse mês.

{Bjo e abraço enorme para Dani e pro Edu o casal 20 que acabou de aumentar a árvore familiar. Muita saudade de vcs, mal posso esperar para ver minha sobrinha linda. Amo vocês.}

See you all soon,

Bruno.