É engraçado como que em um dia tantas emoções diferentes podem ocorrer com a gente e fica quase inevitável comparar isto a uma montanha russa. Eu sinto o carrinho subir e descer dentro de mim. Um carrinho de emoção, de expectativa, de felicidade, de nervoso, de ansiedade… Cada nova volta nessa montanha russa traz um elemento novo e um dia se resume numa química mistura de sentimentos e sensações que faz, muitas vezes, um dia parecer quase três.
Meu primeiro dia em Amsterdam foi assim, algo como três em um. Eu cheguei cedo na cidade, num domingo, e estava tudo como que adormecido. Minha entrada no albergue que eu fiquei só podia ser feita depois das 14, então eu deixei as malas num locker lá mesmo e segui pela cidade estranha e desconhecida tantando achar o porto onde estava minha antiga casa o MSC Armonia.
Não foi nada difícil, aliás a cidade me levou para lá me distraindo com suas contruções, por ser o oposto total da Suíça e por ser única em toda a europa, sem exageros.
Bom chegando ao Porto certo da cidade (existem vários portos) eu pudeficar pertinho do Armonia e revi muitas pessoas. Foi estranho e incrível ao mesmo tempo, mais uma vez a famosa montanha russa. Pessoas tão queridas estavam lá e o mais louco era para eu estar lá com eles, desembarcando naquele dia e seguindo rumo ao Brasil.
Estar presente nesse momento junto com eles me fez muito reflexivo por algo como eternos 5 minutos. Depois que eles felizes e visivelmente exautos entraram no carro que os levaria até o aeroporto para o Brasil e o que viria depois. Eu queria que o tempo desse mais tempo para que eu pudesse estar ali com eles e conversar mais e que os abraços tivessem sido mais longos, mas em momento algum eu quis ter voltado atrás e estar desembarcando ali, naquele dia. E então, eu senti nada mais que: FELICIDADE.
O tempo passou rápido e quando eu vi eram mais de 14 h e eu resolvi voltar pro hostel, se é que é possível apenas pegar um caminho e voltar em Amsterdam. A cidade é que se pode chamar de festa, está aberta todos os dias. A impressão que eu tive é que não se pode morar lá. É uma cidade grande (relativamente) cruzar ela a pé é possível, indicado, porém cansativo. Cada rua é um acontecimento.
São bares e mais bares e mais bares, nunca vi tantos, junto com os famosos coffe shops dominando a cidade e todos cheios. Holandês é preciso procurar, a língua oficial é todas menos o holandês, e ao mesmo tempo tudo é tão holandês que eu nem sei explicar.
Eu só consegui chegar no hostel as 18h exausto, mas meu dia estava longe de acabar. Depois de me instalar e tomar banho e merecidamente descançar eu fiz amizade com um brasileiro mochileiro e depois nós ainda exploramos a noite da cidade e tudo que é famoso por não ser proíbido por lá.
Eu só consegui chegar no hostel as 18h exausto, mas meu dia estava longe de acabar. Depois de me instalar e tomar banho e merecidamente descançar eu fiz amizade com um brasileiro mochileiro e depois nós ainda exploramos a noite da cidade e tudo que é famoso por não ser proíbido por lá.
Não adianta eu falar aqui ou mostrar com fotos, voce tem que sentir o que é a tal liberdade que se propaga por lá. Primeiro é incrível e chocante e depois é estranho e por fim no terceiro dia se torna comum e isso pode ser triste ou estranho. (E vcs pensaram que montanha russa era uma metáfora simples hein?)
Eu me apaixonei pela cidade, todo dia eram mais de 12 horas de caminhadas em cada cantinho, mais museus e tudo mais. É claro que ser turista é sempre diferente, ainda não sei se é realmente possível morar lá, apesar de eu ter conhecido pessoas da cidade que dizem ser possível sim (hahaha), mas que realmente é meio confuso.
Entretanto é essa a confusão que faz a cidade ser única e maravilhosa e todo mundo que passa por lá se rende e confessa que nem New York tem aquele clima. Eu poderia passar muitas linhas descrevendo luzes, construções, ruas ou mesmo o fato de você nunca estar sozinho numa rua nem as 4 da manhã e tudo mais que eu vivi por lá, mas eu só posso dizer que seria pouco, porque Amsterdam é experiência.
No dia da volta eu tomei chá de aeroporto e mesmo super cansado e com saudade da perfeição suíça, eu queria mais tempo, mais tudo.
E é isso que eu sinto toda vez que eu penso o quão perto eu estou de ir embora: Eu queria apenas, mais tempo!
Mas, eu também desejei mais tempo para me despedir quando eu estava para embarcar e assim é. Para mim isso é um sinal do quanto tudo esta sendo bom, tão bom que é difícil deixar para trás. Mas, a vida é assim e lá vem mais um looping e dessa vez eu vou erguer minhas mãos e me deixar levar pelo frio na barriga, afinal é uma montanha russa e nenhum percurso dela é menos emocionte que o próximo.
E apesar de eu ser brasileiro, de camiseta Suíça, só por hoje I AMsterdam. ( Eu sou Amsterdam – Logo da cidade)
Bruno.