É, estranho agora eu volto há mais de um ano pra lembrar a última vez que eu fiquei loucamente, doidamente, estupidamente, ridiculamente apaixonado por alguém. Durante o ano que eu fiquei fora, incluindo navio e Suíça, fiquei afim de algumas pessoas, nada importante ou relevante ou que tirasse o sono... Depois fora do navio eu tive uma história legal com prazo de validade onde todas minhas defesas foram acionadas. Foi bom e acabou, pronto.
Quando eu morava no Brasil, durante muito tempo ter um relacionamento era algo primordial, tive que sair do Brasil pra aprender a conviver comigo mesmo e a ter três relacionamentos importantes: Com Deus, com o mundo ao redor e comigo mesmo. E assim aprendi a me bastar, sem me sentir sozinho, apesar de é claro muitas vezes eu sentir saudade de alguém ou msm desejar estar com alguém, não era nada limitador ou assustador, era apenas uma dessas coisas que não temos para hoje!
Eu em momento algum estava fechado para o mundo, muito pelo contrario, estava mais aberto que nunca, mas a prioridade era outra e a vida se encarregou de colocar pessoas maravilhosas no meu caminho me mostrando que eu nunca estava sozinho, porque realmente não estamos. Tem gente que nunca aprende a ficar sozinho, então não passa pela agonia de desaprender, mas será que é bom não saber ficar só?
Então eu voltei ao Brasil............ A correria da mudança pra SP sufocou qualquer chance de eu querer ou poder viver ou pensar em relacionamento, não era o momento. Era necessário mudar, arrumar emprego, me adaptar a tudo e enfim isso aconteceu. Acho que foi em dezembro, quando eu estava entrando no meio do furacão de trabalhar numa loja no final de ano, e estava me sentindo confortável na cidade que eu me vi aberto a estar com alguém de novo. Na verdade, eu não percebi assim tão fácil, hoje fica fácil ver os sintomas, mas enfim, isso é outra coisa.
Eu me envolvi pela pessoa mais errada, não porque não era meu estereótipo perfeito pra casar, mas porque analisando tudo a probabilidade de dar errado era tão grande que era quase masoquista, mas no fim é por essas msm que acabamos nos envolvendo, não é?
Sem arrependimentos! Durou um mês, poucos encontros, ótimos beijos com começo de intimidade, algum carinho, horas no telefone, tantas SMS, chats de MSN, palavras fofas e a aquelas todas expectativas das promessas jogadas ao vento que são tão boas de acreditar. Teve sua trilha sonora, suas piadas, seu dia mais tenso e acabou. Foi efêmero, doeu no final, precisou de musiquinha de fossa, de cerveja e amigos...
Foi ótimo viver tudo isso de novo, ficar vulnerável e perceber que não tinha acabado pra mim, que uma vez a cada não sei quanto tempo aparece alguém por quem vale a pena se envolver e fazer papel de bobo e tudo mais que necessário e quem sabe, né?
Eu não deixei de ter meus sonhos de amor, nem de quer estar junto pra sempre enquanto durar, nem um pouco, aliás, apenas reorganizei prioridades e vi que sou mais feliz assim.
Entretanto vendo o mundo em volta me deparei com uma situação familiar engraçada, minha mãe se inscreveu num site de relacionamento, algo q eu sempre pensei e nunca tive coragem de fazer.
Quando ela estava pra sair de lá eis que apareceu um cavaleiro errante e hoje minha mãe esta feliz e namorando. E como faz bem namorar, não é minha gente? Bom, inspirado pela mamãe eu me inscrevi num site de relacionamento por um mês e foi muito divertido, achar um monte de pessoas ainda mais perdidas que vc e outras muito mais loucas que logo se sabe porque estão sozinhas haha. Tem de tudo por lá, principalmente sexo fácil! Pra mim rendeu boas risadas, alguns emails e um encontro engraçado demais, sem beijo e sem futuro.
Diferente da minha mãe antes de sair do site não apareceu nada pra mim, nem de acertante nem de errante, mas eu me diverti.
Entretanto sou ainda adepto dos métodos mais convencionais e palpáveis, afinal existe algum lugar bom pra encontrar alguém certo? Acho que não, por isso continuo por ai, aberto ao mundo, idealizando, sonhando, criando minhas fantasias que um dia mesmo que por curto tempo viram realidade. Isso é pra quem acredita, como eu!
E enquanto isso, nos tubos do castelo, reaprendo a maravilhosa arte de ficar sozinho. Sem desistir daquela coisa estranha que não para, que não é suficiente, que invade em qualquer lugar...
Bruno.